Olho para mim e para o caminho até aqui. Sinto que ocorreu uma metamorfose imensa, que de um casulo tento viver uma vida que acaba por ser pequena para tanta imensidão de episódios e aprendizagens.
Não vou mentir. Não agradeço tudo o que vivi. Não agradeço todos os dias tudo. Não me resigno a tantas coisas e injustiças ou infelicidades. Agradeço sim o que me faz crescer numa forma mais bonita , o que em minha volta transforma de forma positiva o todo e não só partes, agradeço pessoas bonitas que existem, agradeço imensos elementos na natureza que uso como exercício de contemplação e atenção plena para me sentir mais neutra, que deixa fluir as minhas ondas mentais de outra maneira, mais leve e organizada como preciso.
Hoje tenho mais a certeza de que preciso me expressar de formas criativas, seja através do movimento, da leitura e escrita, da minha voz que fala o que penso e sinto e dessas formas de comunicação encontro-me e ao que me faz feliz. E a felicidade não é uma constante e por isso é que a aprendizagem é um ciclo sem fim. Mas que a aprendizagem venha sempre de forma mais moderada e suave, até ao fim. E assim se vão fechando e abrindo ciclos novos. Samsaras constantes ao longo dos tempos. E é isto. Mais verdade interna, mais leveza, mais esperança e alegria. Para todos nós.
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